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Índios Pretos e brancos marcham contra belo monte. O que é belo monte? A região belo monte é um pedaço de terra esquecido pelo estado brasileiro, desde quando este mesmo estado desistiu do grande projeto de ocupação da Amazônia, desistiu desse povo, desistiu da trazamazonica, desistiu até das riquezas que aqui podem ser encontradas... sim esqueceu, afinal, Alcoa, Vale, Alunorte, Albras, estas, não são o estado brasileiro, e, se empregam brasileireiros, estes não são os amazônidas, mesmo os peoes, que formam as imensas favelas no entorno das cidades planejadas por essas empresas não são nativos daqui, são nordestinos, tão explorados quanto os de cá, suas mulheres servem aos sulistas que nessas empresas vem trabalhar. Por favor, entendam por sulistas terras do sul, pra onde vai a energia da hidroelétrica aqui citada, ou melhor, o que vai sobrar dela, porque está mais que claro que a função desse mega empreendimento, além do inevitável endividamento do estado lançando rios de dinheiro para a iniciativa privada em troca de favorecimentos desconhecidos por partes desses empreiteiros, é o subisidio energético a exploração travada por essas empresas, que possuem planejamentos de extração para 100 anos, data prevista na qual nada mais haverá a ser explorado. Pois bem, ainda sobre a região de belo monte, trata-se de um vale por onde corre o rio verde esmeralda Xingu, no centro do estado do Pará, na conhecida terra do meio, conhecida por enormes índices de assasinato, históricos conflitos de terra, pistolagem, trabalho escravo, extração ilegal de madeira, fome e miséria, é nesse quadro que vivem e habitam os povos das cidades e comunidades da região do Xingu, os indígenas, que em tese viveriam no sossego de suas reservas agora são ameaçados. Kayapos, Kraos, Assurinis marcham. Eu marcho. O sol está nascendo na trasamazonica, o canteiro está vazio. Não pegamos a direita de surpresa, mas a fodemos! Fodemos da melhor e única forma possível de se foder a direita, a fodemos financeiramente, um dia inteiro de paralização na obra. Um dia inteiro de espanto com o estrago catastrófico impulsionado pela ambição promiscua dos dirigentes nacionais, pela eficiência destruidora da empreitera contratada. Norte energia x energia revolucionária. Estamos cansados, e não se trata do cansaço transamazônico, de barro, balsa e calor, estamos cansados da burguesia e desse estado movido pelo interesse do capital, da sua reprodução, como algo separado da humanidade, e acima dela. O desenvolvimento tem que ser humano! Dinheiro é um papel, como o mandato queimado ao fim da ação. O mundo inteiro reduzido a matéria prima, é isso que o tecnocienciacentrismo promoveu e determinou. O resto é romantismo, o que sobra vira folclore. E a parte do homem que forma com a natureza o mundo, a realidade das coisas, a existência? Por acaso o homem não é mundo?!? Vamos todos tudo ser mercadoria?!? Eis que surge a resposta de “porque marchamos?” Entende o que quero dizer?ê.

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